A cada três meses o presidente do banco Votorantim, João Teixeira, e três dos 15 diretores da companhia dedicam uma manhã a um encontro que não trata de dados financeiros ou outros indicadores numéricos.
Ao longo de 4 horas eles ouvem 17 representantes de todas as áreas a respeito de termos até pouco tempo atrás estranhos ao vocabulário interno, como “modelos mentais” dos funcionários que ajudam ou atrapalham a execução da nova estratégia do banco.
As informações para a reunião surgem do acompanhamento mensal que esses executivos fazem há mais de um ano com mais de 300 funcionários de diferentes níveis hierárquicos. O pano de fundo é a discussão sobre a cultura do banco. Eis um dos conceitos mais difíceis de definir na gestão — mas ao mesmo tempo fundamental para o sucesso das companhias.
Cultura é a manifestação prática dos valores da empresa. Empresas com cultura forte são normalmente vistas como superiores — por conseguir executar a estratégia de modo eficiente. O problema é quando os valores dizem uma coisa; e a prática, outra. O banco Votorantim está justamente no processo de tentar conectar as duas pontas — ou seja, de corrigir sua cultura.
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