Esperança e alegria

Duzentos e noventa e seis dias de internação. Esse foi o tempo que a Maria Marta Rodrigues da Luz, 58 anos, ficou internada no Hospital da Baleia. A paciente já chegou ao hospital com um quadro grave de COVID-19, no dia 20 de julho de 2020, e foi direto para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI COVID). No mês da Enfermagem, a saída da “Martinha”, como ficou conhecida no Baleia, é o melhor presente que a equipe poderia ganhar.

Só de UTI foram mais de 200 dias e, depois, mais três meses na ala da enfermaria. Depois de tanto tempo, e mesmo sedada e sem consciência, Martinha foi colecionando muitos amigos, carinho especial e afeto mútuo. “Vou sentir muita falta de todos vocês e quero voltar aqui andando para visitá-los”, disse Martinha emocionada. “Foi uma luta muito grande, nós pedimos a Deus pra ela recuperar, eram dias e dia e noites sem sono, e graças a Deus deu tudo certo. A equipe cuidou dela e, graças a Deus, ela está recuperando, indo para a etapa final”, disse o marido da Martinha, Antônio Fernandes Gonçalves.

Uma das sequelas deixadas pela COVID na Martinha é a fraqueza muscular associada à unidade intensiva e tempo prolongado de internação, o que a tem impedido de andar. Por isso, neste momento, a paciente não seguirá para casa, e sim para reabilitação em outro hospital especializado de BH. “A Martinha já apresentava algumas comorbidades, dentre elas, a obesidade. Foi uma paciente que ficou extremamente grave e ao longo da internação teve várias intercorrências. Então vê-la tão bem hoje é uma motivação para todos nós. Precisamos sempre tentar fazer o nosso melhor como profissional e como ser humano. A sua força e determinação nos ensina que precisamos sempre lutar pelo paciente”, afirmou a médica intensivista do CTI COVID-19, Bruna Bicalho.

“Por ter ficado muito tempo com a gente no setor, é uma pessoa a quem a gente se apegou muito. É muito bom ver ela assim, ver que nosso esforço, cuidado e carinho valeram a pena. A gente fica muito feliz, de verdade”, concluiu a enfermeira supervisora do CTI COVID, Isabela Vilela.

Referência em saúde, humanização, ensino e pesquisa

O Hospital da Baleia tem em seu DNA a tradição do ensino e pesquisa, já que foi uma das primeiras instituições a oferecer residência médica no país. A instituição dedica 95% de seu atendimento ao SUS e oferece cerca de 30 especialidades médicas. Como referências, os Centros de Oncologia Adulta e Pediátrica, Nefrologia (Hemodiálise e Transplante Renal), Ortopedia, Pediatria e Cirurgia Bariátrica e Metabólica, além do Tratamento e Reabilitação de Fissuras Labiopalatais e Deformidades Craniofaciais (Centrare). Construída há 76 anos, a instituição conta com recursos financeiros e doações voluntárias para cumprir com excelência a sua missão na prestação de serviços de saúde aos mineiros. Todos os anos são feitos em média, 1,2 milhão atendimentos a pacientes de 88% dos municípios mineiros.

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