Hospital da Baleia faz um ano de 100% SUS em junho 

Integrando grupo de hospitais com mais de 2.000 leitos, busca mais recursos em Brasília 

Hospital da Baleia completa, neste mês, um ano da migração para o Programa 100% SUS. Junto aos outros hospitais filantrópicos com dedicação exclusiva ao Sistema Único de Saúde (SUS) de Belo Horizonte, compõe 2.005 leitos para atendimento à rede pública de média e alta complexidade na capital mineira, com mais de 50% dos atendimentos da cidade, de acordo com dados do DataSUS. 

Levando a força destes números e o impacto gerado na atenção em saúde para a população mineira, o grupo, composto também por Santa Casa BH, Hospital São Francisco (HSF), Hospital Sofia Feldman e Fundação Educacional Lucas Machado (Feluma), deve entregar aos candidatos a novo líder da bancada federal no Congresso Federal um relatório com dados sobre a produção hospitalar.  

A produção das cinco instituições soma quase 3,9 milhões de atendimentos anuais pelo SUS. Esse trabalho é essencial e impacta não só Belo Horizonte, mas todos os 853 municípios mineiros e cidades de outros estados. Com uma articulação estratégica com a bancada mineira, a missão da comissão é apresentar a urgência de novos repasses para garantir a continuidade dos serviços oferecidos à população que mais precisa. 

Entre as informações que serão entregues aos parlamentares mineiros e ao Ministério da Saúde, estão indicadores de atendimento de alta complexidade como: 

• 21,9 mil partos em 12 meses, sendo 45% de gestantes vindas de fora da capital; 

• 23,3 mil cirurgias ortopédicas, quase metade realizadas em pacientes de 709 municípios; 

• 8,2 mil cirurgias pediátricas, 61% para crianças de fora de BH; 

• 4,9 mil procedimentos ligados a transplantes, 68% para pacientes de outras cidades; 

• 20,7 mil cirurgias cardíacas, 45% delas em pacientes de 532 municípios mineiros. 

O Hospital da Baleia se destaca nos procedimentos ortopédicos e ginecológicos, além do serviço do Centro de Tratamento e Reabilitação de Fissuras Labiopalatais e Deformidades Craniofaciais (Centrare), além de oncologia e nefrologia. 

Reforço financeiro 

A realidade dessas instituições é crítica: embora tenham papel estruturante na saúde pública de Minas, elas não são orçamentadas — ou seja, dependem fortemente de emendas parlamentares e recursos eventuais para manter os serviços abertos. Com o aumento constante da demanda e o subfinanciamento crônico, há sempre necessidade de reforço financeiro. 

Segundo os gestores, a expectativa é de que o relatório seja entregue aos três senadores e aos 53 deputados federais de Minas Gerais, além do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, e do secretário de Atenção Especializada à Saúde (SAES), Mozart Sales. 

“Esses hospitais são a linha de frente do SUS em Minas Gerais. Sem esse suporte financeiro das emendas parlamentares, quem vai sofrer é o cidadão mineiro, que depende desse atendimento gratuito e de qualidade”, afirma o superintendente-geral do Hospital São Francisco, Helder Yankous. 

Compromisso  

O movimento dos hospitais 100% SUS reforça não apenas a importância das emendas parlamentares, mas também o papel estratégico das instituições filantrópicas como pilares estruturantes do SUS em Minas Gerais. A expectativa dos dirigentes é que, com a mobilização em Brasília, os recursos necessários sejam assegurados já no segundo semestre de 2025, garantindo a continuidade e ampliação dos serviços prestados à população. 

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