O diagnóstico precoce e o rápido início do tratamento são fundamentais para a cura da doença
O mês de julho chama atenção para a prevenção do câncer de cabeça e pescoço. A campanha Julho Verde, lançada pela Sociedade Brasileira de Cirurgia de Cabeça e Pescoço (SBCCP), com o apoio do Instituto Nacional do Câncer (Inca), quer conscientizar a população sobre a importância do diagnóstico precoce.O câncer de boca, laringe e demais tipos é hoje o segundo mais frequente entre os homens, atrás somente do câncer de próstata. Já nas mulheres, o de tireóide é o mais preponderante, sendo o quinto mais comum dentre elas. A doença abrange toda a cavidade oral: língua, boca, laringe, faringe, seios paranasais, cavidade nasal, glândulas salivares, ossos da face, tireóide e pele.Por ano, a doença é responsável por cerca de 10 mil mortes no Brasil. O Inca estima que, no total, devem ser diagnosticados 685 mil novos casos de câncer no país, sendo que os cânceres de cabeça e pescoço representam 8% e 10% desse total.
No Hospital da Baleia, em 2020, foram realizadas mais de 1.600 consultas ambulatoriais relacionadas ao câncer de cabeça e pescoço. Atualmente, 82 pacientes são tratados no Baleia com essa doença.De acordo com a Dra.Isabela Souza, médica cirurgiã de cabeça e pescoço do Hospital da Baleia, as manifestações no pescoço podem revelar anormalidades. “Caroços pequenos, que são dolorosos, que aparecem e desaparecem, e mudam de lugar, normalmente são apenas inflamatórios. Já os nódulos, com mais de dois centímetros e que permanecem por mais de duas semanas, merecem ser avaliados. Eles não doem, não incomodam, e ficam fixos em determinado local do pescoço. Não negligencie, você é responsável pela sua saúde”, afirmou.
Ainda de acordo com a Dra. Isabela Souza, para o câncer de boca, o principal é evitar o tabagismo e o uso excessivo de álcool, uma vez que esses dois fatores aumentam em mais de 30 vezes a chance de ter a doença. No entanto, os cânceres de cabeça e pescoço também têm sido cada vez mais registrados em indivíduos jovens (menores de 45 anos), devido à infecção pelo papilomavírus (HPV).