O Baleia inicia cirurgias para retirada de cálculo renal com procedimento menos invasivo, proporcionando mais conforto e segurança aos pacientes.
O Hospital da Baleia realizará um mutirão de cirurgias urológicas, para tratamento de cálculo renal, na próxima sexta-feira (29). As cirurgias serão feitas com um tipo de equipamento que antes não era possível para tratamentos pelo SUS, mas que recentemente tem sido adotado e está revolucionando as abordagens nestes casos.

Trata-se da técnica chamada Ureterorrenolitotripsia Flexível a Laser (UTL), um procedimento minimamente invasivo que utiliza um aparelho chamado ureteroscopio fleível para remover as pedras diretamente do interior do rim. Ao contrário de técnicas tradicionais, não necessita grandes incisões, pois o acesso se dá via uretra do paciente, e permite alta no mesmo dia.
O principal impacto desse tipo de cirurgia é no tempo de preparação e recuperação, permitindo que mais pessoas sejam atendidas com o mesmo tempo. Para termos de comparação, no mutirão serão realizadas seis cirurgias num dia, somente no turno da manhã. Para atender a esse mesmo quantitativo de pacientes com as cirurgias mais convencionais seria preciso três dias de bloco cirúrgico.
De acordo com o cirurgião urologista Diego Zille, esse protocolo precisa avançar para redução da fila de espera, que hoje conta com cerca de 1.700 pacientes em Belo Horizonte. Ele explica que entre as implicações de se aguardar muito tempo para retirar o cálculo renal são complicações que vão desde as dores incapacitantes e sobrecarga do serviço de urgência (UPAs) até a necessidade de hemodiálise por falência renal.
“Com a UTL Flexível transformamos uma cirurgia complexa em algo mais simples, menos invasivo e de recuperação mais rápida para o paciente. É essencial que tenhamos um esforço no sentido de ampliar o acesso a essa técnica para combatermos a fila para esses procedimentos. O impacto na economia do SUS e na vida desses pacientes é imensurável”, comenta Zille.
A litíase urinária é uma das principais causas de internação urológica no país e grande causa de morbidade da população. A única cirurgia até então disponível para o tratamento era a nefrolitotomia percutânea, um procedimento de alta complexidade, com maior tempo de internação, maior risco de sangramento aos pacientes e com poucos centros de Belo Horizonte capacitados para o procedimento.