Baleia inaugura ala para tratar COVID-19.

Custeada pela Vale, a reforma criou novo espaço para atendimento dos pacientes infectados com a doença.

O Hospital da Baleia, de Belo Horizonte, Instituição filantrópica que atende, majoritariamente, pacientes via Sistema Único de Saúde (SUS), tem buscado se adequar à necessidade de tratar de pacientes com COVID-19. Uma das formas encontradas foi a partir do apoio da Vale, que doou reforma, mão de obra e toda a estrutura necessária para a criação de uma nova ala. A Ala foi oficialmente entregue hoje, 4/6, na presença de autoridades, como o vice-prefeito de Belo horizonte, Paulo Lamac, o secretário de Governo do Estado de Minas Gerais, Mateus Simões, o deputado estadual, Arlen Santiago, além de representantes e da Diretorias do Baleia e da Vale. 

O espaço inaugurado conta com 34 leitos para atendimento de pacientes de baixa e média complexidade, suspeitos ou confirmados com COVID-19 e egressos do Centro de Terapia Intensiva. Após a pandemia, os leitos serão destinados ao serviço de Cuidados Paliativos, reforçando o atendimento humanizado do Hospital. A empresa também está executando reparos e adaptações necessárias em outras duas Alas da Instituição, onde estão 70 leitos de Terapia Intensiva para atendimento aos doentes, que ainda precisam ser equipados com monitores multiparâmetros e ventiladores mecânicos, para disponibilização à população.

Nomeada Célia Guimarães Diniz, a Ala homenageia a ex-diretora-presidente da Fundação Benjamin Guimarães/Hospital da Baleia que chefiou entre os anos de 1968 e 2001, antecedendo a atual gestora da Instituição, Tereza Guimarães Paes. O espaço fica no terceiro andar da unidade Maria Ambrosina, o prédio mais emblemático do Hospital.

Segundo a assessora médica do Hospital, Carolina Mourão, com esses novos leitos o Baleia expande sua capacidade para mais de 200 leitos de internação.

Temos que atender os nossos pacientes que apresentem suspeita de COVID-19, além de alguns casos que já estão sendo transferidos pela Secretaria Municipal de Saúde.

O Hospital ainda precisa de apoio para atender os pacientes, mas que a ampliação da capacidade de atendimento já ajuda muito.

Considerando pacientes com a nova doença, que requerem uma média de 7 dias de internação por paciente, podemos considerar que cada um desses leitos acolhe em torno de 4 pacientes por mês. Essa obra aumenta muito a nossa capacidade de atendimento. São 145 pacientes a mais por mês.

Dra. Carolina Mourão, assessora da Superintendência Técnica do Hospital da Baleia

Danielle Ferreira, gerente de Mobilização e Recursos da Instituição, destaca que o Baleia tem em seu DNA a filantropia.

A maioria dos nossos pacientes pertence ao grupo de risco, pois tratam de doença crônicas. Ao longo dos mais de 75 anos de atuação, o nosso foco é atender pessoas carentes. E é com a ajuda de diversos parceiros, que temos construído um importante legado de solidariedade.

Danielle Ferreira, gerente de Mobilização e Recursos da Instituição.

Ela ainda reforça que todo o apoio destinado ao longo dos mais de 75 anos de trajetória do Hospital serve para garantir a continuidade de tratamentos tradicionais, como a Oncologia e a Hemodiálise.

Sem isso, não seria possível fornecer saúde de qualidade, muito menos abranger a assistência à pessoas com COVID-19.

Danielle Ferreira, gerente de Mobilização e Recursos da Instituição.

E é com o objetivo de assegurar o atendimento do serviço médico-hospitalar de excelência à população, que o Hospital conta com empresas parceiras. Por isso, o Baleia pede ajuda de pessoas jurídicas e físicas. Artistas também podem ajudar o Hospital com a realização de lives culturais beneficentes. Existem várias formas de ajudar o Baleia. Existem várias formas de ajudar o Baleia, escolha a sua clicando aqui.

Muitas coincidências:

Para além da reforma, a Instituição foi surpreendida com uma linda coincidência. Evaldo Braga, gerente geral de projetos da BRG Engenharia (empresa contratada pela Vale), em 1973, tratou de pé torto congênito na Instituição. Passaram-se 47 anos e Evaldo teve a oportunidade de participar na reforma do ambiente. Isso só mostra que o Hospital da Baleia faz parte da trajetória de milhares de mineiros, assim como a de Evaldo. Confira o antes e depois da reforma e, também, essa história!

Referência em saúde

À disposição dos mineiros, são mais de 25 especialidades médicas e Centros de Referência em Oncologia Adulta e Pediátrica, Nefrologia (Hemodiálise e Transplante Renal), Ortopedia, Pediatria e Cirurgia Bariátrica e Metabólica, além do Tratamento e Reabilitação de Fissuras Labiopalatais e Deformidades Craniofaciais (Centrare). Construído durante uma outra epidemia tão mortal quanto, a tuberculose, o Baleia sempre se preocupou de cuidar de quem mais precisava. Desde aquela época, o Hospital conta com a destinação de recursos e doações voluntárias para a cumprir com excelência a sua missão na prestação de serviços de saúde aos mineiros. Todos os anos, são mais de 600 mil procedimentos médicos destinados aos cidadãos de 88% dos municípios mineiros –   maioria vinda pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

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