Para enfrentar a COVID-19, o filantrópico contou com o apoio da mineradora para equipar 104 leitos.
O filantrópico Hospital da Baleia, em Belo Horizonte, com atendimento 90% SUS tem buscado se adequar para o tratamento de pacientes com a COVID-19. Uma das iniciativas do Hospital que é referência em Minas Gerais para enfrentar a doença e apoiar as Secretarias de Saúde do Estado – com a excelência médica que o acompanha nos seus 75 anos – é a reforma de um andar inteiro da Instituição e a preparação adequada com equipamentos necessários.
Desde o início de abril, a Vale mantém mais de 100 trabalhadores dedicados a uma grande obra que transformará o terceiro andar da Unidade Maria Ambrosina em uma ala ambulatorial para tendimento aos casos suspeitos/confirmados da doença. No espaço, havia salas dos setores administrativos que foram realocadas e darão lugar a 34 leitos. Como em uma operação de guerra, os funcionários trabalham sem perder tempo nos reparos e adaptações necessárias em outras duas alas de internação para transformar outros 70 leitos em espaços de terapia intensiva para atendimento aos doentes mais graves.
A empresa, que se comprometeu em investir em ajuda humanitária para apoiar os Estados onde mantém operações, está aplicando R$ 6,6 milhões na compra de materiais e melhorias de infraestrutura para o combate à doença no Hospital da Baleia.
A obra tem previsão de entrega para o fim do mês de mais. Após a pandemia, os leitos ambulatoriais serão destinados ao cuidado paliativo de pacientes do Hospital que tem a humanização do atendimento médico em seu DNA.
Segundo a assessora do Hospital da Baleia, Carolina Mourão, além de estar disponível para tratar seus pacientes que forem infectados pela doença, o hospital já está disponibilizando leitos neste momento, independente de outros hospitais da rede pública estadual já estarem com sua capacidade máxima.
Essa ajuda da Vale é de extrema importância para nós. Considerando pacientes da COVID-19, que requerem uma internação de 5 a 10 dias para cada paciente, sendo uma média de 7 dias por paciente, podemos considerar que cada um desses leitos acolhe em torno de 4 pacientes por mês. Essa obra aumenta muito a nossa capacidade de atendimento. São 145 pacientes a mais por mês.
Dra. Carolina Mourão, assessora da Superintendência Técnica do Hospital da Baleia.
Até o momento, o Baleia não recebeu nenhum paciente com a doença. E é com o objetivo de assegurar o atendimento do serviço médico-hospitalar de excelência à população, que o hospital conta com a solidariedade da sociedade e ajuda como essa, de empresas parceiras. Atualmente, o Baleia tem à disposição para atendimento a pacientes com o novo coronavírus, 22 leitos de enfermaria e 4 leitos de CTI, equipados.
Temos que atender todos os nossos pacientes oncológicos, de diálise e cirúrgicos que apresentarem quadro suspeito/confirmado de COVID-19.
Dr. Mozar de Castro Neto. vice diretor-presidente da Fundação Benjamin Guimarães/Hospital da Baleia, superintendente técnico e infectologista da Instituição.
O Hospital ainda precisa de outros insumos e equipamentos hospitalares para adequar esses leitos e estar cem por cento preparado para combater a pandemia. Dentre eles, 70 monitores multiparâmetro completo e 70 ventiladores mecânicos. Por isso, o Hospital da Baleia clama ajuda de pessoas jurídicas e físicas. Artistas também podem ajudar o Hospital da Baleia com a realização de lives culturais beneficentes. É preciso destacar que o Baleia tem em seu DNA a filantropia.
Nossos pacientes em sua maioria pertencem ao grupo de risco por estarem em tratamento de câncer ou nefropatia crônica. Ao longo dos 75 anos de atuação, o nosso foco é atender pessoas carentes, sendo a maioria delas (90%), oriundos do SUS. E é com a ajuda de diversas empresas parceiras e voluntários, que temos construído um importante legado de solidariedade.
Danielle Ferreira, gerente de Mobilização de Recursos da Instituição.
Referência em saúde
À disposição dos mineiros, são mais de 26 especialidades médicas e Centros de Referência em Oncologia Adulta e Pediátrica, Nefrologia (Hemodiálise e Transplante Renal), Ortopedia, Pediatria e Cirurgia Bariátrica e Metabólica, além do Tratamento e Reabilitação de Fissuras Labiopalatais e Deformidades Craniofaciais (Centrare). Construído durante uma outra epidemia tão mortal quanto, a tuberculose, Baleia sempre se preocupou de cuidar de quem mais precisava. Desde aquela época, o Hospital conta com a destinação de recursos e doações voluntárias para a cumprir com excelência a sua missão na prestação de serviços de saúde aos mineiros. Todos os anos, são mais de 600 mil procedimentos médicos destinados aos cidadãos de 88% dos municípios mineiros, maioria vinda pelo Sistema Único de Saúde (SUS).