Da dor à gratidão

Quando criança, Neuza foi acolhida no Preventório do Baleia, enquanto seus pais tratavam de uma tuberculose. Depois de quase 70 anos, ela fala com otimismo e alegria que é poder acompanhar o trabalho filantrópico do Hospital da Baleia.

A pandemia da Covid-19 trouxe à mente da senhora Neuza C. T., 76 anos, momentos marcantes da sua infância. Com apenas 7 anos, ela e a irmã mais nova, Helena, foram acolhidas no Preventório do Baleia (atual prédio Antônio Mourão do Hospital da Baleia), enquanto seus pais eram tratados de uma outra doença, tão mortal à época quanto o coronavírus hoje: a tuberculose.

Durante os meses em que os pais ficaram internados no antigo Hospital de Sanatório Imaculada Conceição, em Belo Horizonte, as crianças eram cuidadas pelas freiras do Preventório. Após o falecimento deles – o pai, em agosto de 1951, e a mãe em outubro do mesmo ano -, as crianças acabaram sendo adotadas por famílias distintas. “Meu pai era enfermeiro em Barbacena e acabou contraindo a tuberculose. E o meu tio não tinha condições de ficar com duas crianças pequenas. Então, acabou deixando a gente no Preventório, onde várias crianças de pais, vítimas da tuberculose, eram acolhidas.” “Após o falecimento dos meus pais, eu fui adotada por uma tia da minha mãe, já bem idosa, e a minha irmã por um colega de trabalho do meu pai”, contou Neuza.

Após a separação das crianças, Neuza explica que continuou morando em Belo Horizonte, enquanto a Helena se mudou para a cidade de Cambuquira. Por vinte anos, trabalhou na área administrativa de uma empresa, onde fez amigos e construiu uma nova família. “Apesar de tudo que vivi, nunca tive sentimento de desamparo, nunca me senti uma coitadinha. Deus tirou meus pais, mas me deu pessoas maravilhosas.”

Diferentemente da irmã, Neuza não casou e não tem filhos, mas encontrou nas viagens e nos exercícios físicos motivos para viver feliz. “Minha irmã tem filhos, muitos netos. Eu gosto de viajar, conhecer países e cuidar da minha saúde física e mental. Pratico yoga todos os dias e sigo aproveitando todo esse tempo de vida que Deus tem me dado”.

Depois de quase 70 anos, Neuza fala com otimismo e alegria que é poder acompanhar a continuidade do trabalho filantrópico do Hospital da Baleia. “Essa é uma obra muito grande e que precisa da ajuda de todo mundo. Penso muito nessas famílias que estão vivendo a dor da doença e precisando do Baleia hoje, assim como eu e minha irmã precisamos um dia. Tenho muita gratidão por esse hospital, pela vida e por todas as pessoas que passaram pelo meu caminho e me construíram até aqui”.

Referência em saúde e humanização

À disposição dos mineiros, são 30 especialidades médicas e Centros de Referência em Oncologia Adulta e Pediátrica, Nefrologia (Hemodiálise e Transplante Renal), Ortopedia, Pediatria e Cirurgia Bariátrica e Metabólica, além do Tratamento e Reabilitação de Fissuras Labiopalatais e Deformidades Craniofaciais (Centrare). Construído há 76 anos durante uma outra epidemia tão mortal quanto – a tuberculose – o Baleia sempre se preocupa em cuidar de quem mais precisa. Desde aquela época, a instituição filantrópica conta com a destinação de recursos e doações voluntárias para a cumprir com excelência a sua missão na prestação de serviços de saúde aos mineiros. Todos os anos são mais de 600 mil procedimentos médicos, de 95 mil atendimentos ambulatoriais, de 370 mil exames, de 55 mil sessões de hemodiálise, de 20 mil consultas pediátricas, de 12 mil internações, de 11 mil cirurgias e mais de 33 mil sessões de quimioterapia e radioterapia destinados aos cidadãos de 88% dos municípios mineiros – maioria vinda pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

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