A Fiocruz realizou hoje e amanhã (8 e 9 de abril), no Hospital da Baleia, a segunda etapa da pesquisa de soroconversão pós-imunização COVID-19. O objetivo é avaliar a resposta imunológica dos profissionais de saúde da instituição após a segunda dose das vacinas, visto que estudos têm mostrado uma queda dos anticorpos ao longo do tempo na infecção natural com o SARS-CoV-2.
O Hospital da Baleia é a única instituição de saúde de Belo Horizonte escolhida pela Fiocruz para participar da pesquisa. No total, 500 funcionários participaram voluntariamente dos testes.
Nesta segunda etapa, além de realizar uma segunda coleta do sangue (30 dias após a primeira dose da imunização), os funcionários receberam os resultados dos exames colhidos na 1° etapa da pesquisa, realizada no início de março (após a primeira dose da vacina), identificando se há ou não anticorpos contra o SARS-CoV-2. Um total de 89% dos exames foram reagentes (mostraram ter anticorpos) e 11% não reagentes. A soroconversão é analisada após as duas doses da vacina, e a manutenção dos títulos de IgG anti SARS-CoV-2 após a vacinação. “Importante deixar claro que os não reagentes também estão imunizados. Certamente elas desenvolveram essas respostas, estão protegidas pela própria vacina”, explicou a pesquisadora da Fiocruz Rafaella Fiorini.
A pesquisadora ainda destaca a parceria do Hospital da Baleia com a Fiocruz. “Já desenvolvemos pesquisas junto ao Hospital da Baleia em diferentes áreas, há muitos anos. Não foi diferente na pandemia. Logo que recebemos a primeira notificação de caso, em Belo Horizonte, nos preparamos e fortalecemos ainda mais essa cooperação para que, de imediato, pudéssemos trazer respostas para a sociedade. Além deste acompanhamento dos profissionais vacinados, também estamos desde março dentro do Hospital, percorrendo as alas e acompanhando os pacientes. E este trabalho vai continuar pelo tempo que estivermos vivendo essa situação de pandemia.”
Referência em saúde
O filantrópico Hospital da Baleia oferece 30 especialidades médicas e como referências, os Centros de Oncologia Adulta e Pediátrica, Nefrologia (Hemodiálise e Transplante Renal), Ortopedia, Pediatria e Cirurgia Bariátrica e Metabólica, além do Tratamento e Reabilitação de Fissuras Labiopalatais e Deformidades Craniofaciais (Centrare). Construído há 76 anos, a instituição conta com recursos financeiros e doações voluntárias para a cumprir com excelência a sua missão na prestação de serviços de saúde aos mineiros. Todos os anos, são feitos em média, 1,2 milhão atendimentos a pacientes de 88% dos municípios mineiros – sendo 95% pelo Sistema Único de Saúde (SUS).