Desde que retomou os atendimentos em agosto deste ano, o Centro de Tratamento e Reabilitação de Fissuras Labiopalatais e Deformidades Craniofaciais do Hospital da Baleia (Centrare) tem recebido uma média de oito novos casos por semana. Devido à pandemia, as atividades foram suspensas de março a agosto, e só estavam sendo atendidos pacientes no pós-operatório imediato.
Em um período de quatro meses são realizados, em média, 2.700 atendimentos ambulatoriais, além das cirurgias reparadoras plásticas e de buco-maxilo-facial. São cerca de 6 mil pacientes cadastrados no Centrare, que recebem tratamento 100% pelo SUS de uma equipe multidisciplinar com cirurgiões plásticos, enfermeiros, psicólogos, otorrinolaringologistas, fonoaudiólogos, nutricionistas, assistentes sociais e odontologia.
Uma dessas crianças é a Antonela Andrade Rabelo, de 6 anos. Ela iniciou o tratamento no Centrare com 29 dias de vida, após nascer com lábio leporino e síndrome de Wolf-Hirschhorn, uma doença rara que causa retardo do desenvolvimento e crescimento, atraso mental e convulsões. Aos dois anos, a garotinha passou pela primeira cirurgia que transformou o seu sorriso. “Eu não conhecia essa doença e fiquei muito aflita quando soube. Mas fui encaminhada ao Hospital da Baleia assim que a Antonela recebeu alta hospitalar e fiquei muito aliviada logo na primeira conversa com os médicos. Eles fizeram uma mesa redonda com vários profissionais, médicos, psicóloga, nutricionista e me explicaram tudo sobre a doença e como seria o tratamento”, conta a mãe Selma Andrade Rabelo. “A cirurgia ficou perfeita, o Dr. Bruno, além de muito amoroso, tem uma mão inexplicável. Sou apaixonada por todos do Centrare. Hoje venho ao Hospital apenas uma vez por ano e quando chego toda a equipe reconhece a Antonela pelo nome”, completou.
Antonela, de 6 anos, e a sua mãe Selma Andrade
As fissuras labiopalatinas possuem muitos fatores etiológicos, algumas vezes de difícil identificação. Por isso, pode-se dizer que sua origem é multifatorial. Podem estar envolvidos fatores genéticos, hereditários e ambientais. Os fatores ambientais são de extrema importância, pois alguns podem ser evitados durante a gravidez, como uso de bebidas alcoólicas, fumo e diversas drogas. A desnutrição da gestante também pode ser considerada um fator. Por isso, a realização de um pré-natal desde o início da gravidez é importante.
O coordenador do Centrare, Dr. Ênio Tonani Mazzieiro, afirma que no Centrare não são tratadas apenas fissuras labiopalatinas, como lábio leporino e fenda palatina, mas todas as deformidades craniofaciais. “Isso engloba pacientes portadores de diversas síndromes, desequilíbrios do crescimento craniofacial como prognatismos e retrognatismos mandibulares, assimetrias e discrepâncias verticais esqueléticas.”
Todo o tratamento realizado no Centrare é feito pelo SUS. Além disso, contamos com a colaboração de doações e parcerias, como a Smile Train, na manutenção do funcionamento do Centro. Caso tenha interesse em nos ajudar, entre em contato conosco! Construir sorrisos vale a pena!
Para mais informações sobre o atendimento clique Centrare ou ligue (31) 3489-1644 ou 1666.
Referência em saúde e humanização
O filantrópico Hospital da Baleia oferece 30 especialidades médicas e como referências, os Centros de Oncologia Adulta e Pediátrica, Nefrologia (Hemodiálise e Transplante Renal), Ortopedia, Pediatria e Cirurgia Bariátrica e Metabólica, além do Tratamento e Reabilitação de Fissuras Labiopalatais e Deformidades Craniofaciais (Centrare). Construído há 76 anos, a instituição conta com recursos financeiros e doações voluntárias para a cumprir com excelência a sua missão na prestação de serviços de saúde aos mineiros. Todos os anos, são feitos em média, 1,2 milhão atendimentos a pacientes de 88% dos municípios mineiros – sendo 90% pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
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